Musa do repente

Radio Cultura Nordestina

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domingo, 2 de setembro de 2012

ATÉ O CEGO VER

ATÉ O CEGO VER

Pra fazer um cego ver,
Tem que ser grande a façanha,
Tirar as névoas dos olhos,
Sem tentar fazer barganha,
Mostrando que ao seu redor
Há coisa não tão estranha.

Minha arte não tem manha,
Vejo sem fazer atalho,
Fogo de amor sem fumaça,
Planta de obra com galho,
Boca de noite falando,
Tártaro em dente de alho.

Selo em carta de baralho
E cloro em água de coco,
Mãos massageando o ego,
Cérebro em cabeça de toco,
Banco de areia com nome,
Rins com parede e reboco.

Pra sair desse sufoco,
Pé de serra com sapato,
Laço pra corda vocal,
Boca de noite no mato,
Pista de crime com curva,
Garanto existir de fato.

Para não deixar barato,
Vi perna de mesa andando,
Bico de luz dando piu,
Boca da noite falando,
Aro em pneu de gordura,
Deixará cego enxergando.

Vejo, me maravilhando,
Música em disco de embreagem,
Cutícula em unha de fome,
Asa de avião ter penagem,
Cachorro quente latindo,
Provo que não é visagem.

Folhas de mato sem triagem
Para imprimir documentos
Vara de justiça em cerca,
Lá não se faz juramentos,
E peixe espada não corta,
Nem sequer nos pensamentos.

Nós queremos ter momentos
De achar alguma pulseira,
Que caiba em braço de rio,
Ou que se encontre na feira,
Banana de dinamite,
Embalada em garrafeira.

Pra subir nessa ladeira,
Peito de frango é verdade,
Com prótese ou silicone,
Não se encontra na cidade
E os feitos de borracha,
Perderam Notoriedade.

Eu falo grande verdade,
Na cadeia alimentar,
Não tem revolta de presos,
Ninguém vai se acorrentar,
Assunto em chá de sumiço,
Impossível é se encontrar.

Nunca vai se apresentar
Manga de blusa madura,
Não dá pra achar o cacho,
Que contenha mole ou dura,
Corte de pano com sangue,
Somente existe em pintura.

Nem mesmo numa figura,
Não se entra pelo cano,
Pra dá nó em pingo d'água,
Será grande o desengano,
Procurei riso amarelo,
Quem conta isso é cigano.

Para matuto ou urbano,
Deixo aqui minha lição,
Ajudei o cego a ver,
Nessa minha inspiração,
Abra seu entendimento,
Cristo muda sua visão.

Poetizante BR
http://poetizante.blogspot.com.br/

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CASCA E MIOLO

CASCA E MIOLO

Ouço dizer de alguém:
A casca é o que lhe resta.
Normalmente é uma pessoa,
Que para muitos não presta,
Suas felpas incomodam,
Ferindo sua própria testa.

Como se fosse floresta,
Além da casca há o miolo,
E quem assim é taxado,
Sei que merece consolo,
Mais virtuoso que a casca,
Nos seus atos não há dolo.

Comparado com um rolo,
Pra muitos o miolo é,
Só que há casca é virtuosa.
Movida por quem tem fé,
Usada por curandeiros,
Deixa os caídos de pé.

Como existe canapé,
Pois miolo sei que tem,
Do pãozinho estou tratando,
Já fiz bolinhas também,
Como bolinhas de gude,
Minha mente inda sustém.

Os curandeiros mantém,
Casca e fé como remédio,
Pra que tem Jesus na vida,
Sabe que isso é um tédio,
O miolo é o coração,
E em Deus Cristo é o Intermédio.

Pé de canela é um assédio,
Como eu experimentei,
As cascas servem de chá,
E quando a árvore eu tirei
O miolo serviu de estroncas,
Porém na alma eu chorei.

Dos pedaços que cortei,
Não pude fazer batente,
Unindo casca e miolo,
Para sentar muita gente,
Na porta do casarão,
Sempre senta quem não mente

A casca estava presente,
Nos meus tempos de criança,
Arrancava com as unhas,
Trago vivo na lembrança,
Mas lembrando do miolo,
Cristo é fé e esperança.

Faça já uma mudança,
Em todo comportamento
Mesmo com Casca e Miolo,
Faça em Cristo um juramento.
Pois se mudar o miolo,
Fica a casca cem por cento.

Poetizante BR
http://poetizante.blogspot.com.br/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

As Lagrimas

As lágrimas

Já vai dá pra assimilar,
Entendi que há mais poder,
Num dedal cheio de lagrimas,
Pequenino pra valer,
Vejo que um barril de lógica,
Na emoção tem que perder.

Quando no rosto escorrer,
Cachoeiras vão formando,
Mostram-se Inusitadas,
Nas gotas que vai jorrando,
As maquiagens logo borram,
Fisionomias transformando.

Deleito-me meditando,
Surgem sem ser convidadas,
Se demorarem causa estragos,
Sem ficar impregnadas,
Mexendo com as emoções,
Deixam as vidas transtornadas,

Logo elas são enxugadas,
Como um gesto corriqueiro,
Mesmo partindo embora,
Marcas ficam por inteiro,
Já quem gerou essas lagrimas,
Passa de elas ser herdeiro.

Como um bom empreiteiro,
A vida vai reconstruir,
Já as Lagrimas de emoção,
Essa Tens que destruir,
E as lagrimas de gratidão,
Ajudar-te-á a construir.

Tua vida vai fruir,
Quanto as lagrimas de saudade,
Como perdeu sua força,
Não há mais temeridade,
Jesus Cristo limpa o resto,
Pra te dá notoriedade.

O Poetizante BR
Adaptado do meu discurso de conclusão do curso de oratória feito em 24/02/2002 no IAP Recife.
http://www.youtube.com/watch?v=3Focnt-4yTk
http://poetizante.blogspot.com.br/

sábado, 25 de agosto de 2012

PERDA DE UM ENTE QUERIDO

Perda de um ente querido
Me virei para o passado,
Fui logo me machucando,
Os pertences encostados,
Minha alma manquejando,
As prosas do dia a dia,
Na mente eu examinando.

E foi se multiplicando,
Lamento, choro e dor,
Deu um goto na garganta,
Por não ser um explorador,
Fui logo ao meu jardim,
Das flores sentir o odor.

Como um amplificador,
No ouvido a sussurrar,
Dos conselhos que me dava,
Eu comecei a chorar,
Fiz um o lenço na alma,
Para me recuperar.

Comecei a melhorar,
Quanto ao triste sentimento,
Não importa o parentesco,
Nisso há choro e lamento,
Os gestos nobres que tinha,
Me dá mais contentamento.

Agora aqui eu comento,
Pois o ente era querido,
Pelo amigos de fora,
Era muito preterido,
No trato com a família,
Era bem mais aguerrido.

Sem fazer mais alarido,
Uma mensagem vou dizer,
Com Cristo em nossa vida,
Vivemos com mais prazer,
Chegando a hora da partida,
No céu teremos prazer.

Poetizante BR

A Face no Face

A face no Face
Há momentos na vida,
Que nossa face ocultamos,
Os motivos são diversos,
Pois no Face já estamos,
Criamos uma outra Face,
É a saída que encontramos.

Com outros nó estamos,
Sempre aqui nesse ambiente,
Quando sabem que no Face,
Nossa Face é diferente,
Há Alguns que nessas horas,
Nos tratam como indigente.

Como sou bem paciente,
Reajo com maestria,
Uso de compreensão,
Sei que isso é besteria,
Se minha face fosse pro face,
Eu me desempregaria.

Digo,não me aprazeria,
Fazer isso sem motivo,
Por minha Face não ser do Face,
Sabendo que é adotivo,
Quando pedem minhas fotos,
Com isso eu me emotivo.

Não me locomotivo,
Apesar do desconforto,
Pois minha Face no Face,
Não quero fazer aborto,
Apesar de tudo isso,
Estou na zona de conforto.

Sei que isso é muito torto,
Vai aqui minha mensagem,
Pra quem olha e pra quem tem,
Outra Face como imagem,
Com Cristo em nossa vida,
Usamos outra paisagem.

O Poetizante BR


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pegando no Deixa

Pegando no deixa
Dialogando com um amigo,
Que se inteirou do assunto,
Seu interesse foi tanto,
Que chamou um adjunto,
Causou-me um nervosismo,
Disse deixa esse bestunto.

Ouvindo veio pra junto,
Pra não aceitar o deixa,
meia hora explicando,
Falava sobre a ameixa,
Que resgata da prisão,
O ventre sem fazer queixa.


E Além da fruta ameixa,
Me inquiriu sobre o limão,
Tentando me convencer,
Pra gripe deixar de mão,
Ouvi grito do adjunto,
Deixa pra lá esse mamão,
Eu O chamei de meu irmão,
Por ter consideração,
Deixa já de ser metido,
Não pedi tua explicação,
Melhor é o moranguinho,
Que parece um coração.

Deixa já de teimação,
Eu ouvi ali na hora,
Moranguinho não é daqui,
Pra comer busco lá fora,
Deixa aqui eu te falar,
Fruta boa é a amora.

Chegou naquela hora,
Um médico de mansinho,
Ameixa, limão e mamão,
Amora e Moranguinho,
Deixem dessa besteira,
E saiam já de fininho.

O médico ficou sozinho,
E eles no deixa disso,
No caminho o deixaram,
Me Deixaram submisso,
Para fugir desse deixa,
Eu dei um chá de sumiço.

Poetizante BR